Rainbow Six Vegas

Descrição: O argumento é o habitual, levando-nos até situações onde a democracia está em risco. Desta vez, temos de lidar com uma Las Vegas a ferro e fogo, ocupada por centenas de terroristas. A história é bem contada, apresentando surpresas na medida certa, sendo notório que a Ubi decidiu apostar numa história menos genérica do que é habitual na saga. Mas, como é óbvio, ninguém vai comprar este RS pelo seu argumento. Agora, no que toca à mecânica...
Vegas apresenta um estilo de jogo que tem tudo para agradar não só aos fãs mais hardcore da série, como também a todos aqueles que sempre acharam que Six era lento e um bocadinho a atirar para o chato. Vegas é pura adrenalina, mas real na medida certa, especialmente para quem der uso ao nível de dificuldade mais elevado. Ou seja, entrar a matar não leva a sítio nenhum, estando garantida uma morte rápida ao fim dos primeiros cinco segundos do nível.
Apesar de entrarmos em campo acompanhados por dois camaradas de armas - menos um do que é habitual -, as nossas grandes aliadas são mesmo as partes dos cenários que podem ser usadas como protecção. E o sistema de protecção criado pela Ubisoft é absolutamente fabuloso, sendo praticamente imaculado!
Como é habitual, o jogo aposta no estilo FPS, mas quando nos encostamos - ficando pressionar o trigger esquerdo - a muros, carros, paredes, mesas, etc, etc, etc, a acção passa para terceira pessoa, permitindo-nos observar as movimentações do inimigo. Nesse momento, surge no ecrã uma pequena mira horizontal, que poderá ser colocada por cima do adversário - ficando vermelha. Depois é só utilizar o stick direccional esquerdo para colocarmos a cabeça de fora, e dar uso ao trigger direito para enviarmos os projécteis na direcção do corpo do inimigo. Também é possível dispararmos sem expormos parte do corpo - sem grande precisão de tiro.
Tudo isto decorre de forma natural, não sendo necessário ser-se um deus dos vídeojogos para se dominar a mecânica. Basicamente, é completamente intuitivo.
Também intuitiva é a forma como damos ordens à dupla de camaradas de armas. Quando queremos que avancem para uma determinada parte do terreno, basta apontar a mira para o local desejado e pressionar A. Nos momentos que temos de atravessar portas, nada como dar uso à bela da mini-câmara para observarmos o que se passa do outro lado. No caso do local ser ocupado por inimigos, podemos usar a pequena mira e o botão back para marcarmos duas futuras vítimas. Câmara guardada, ordem para os nossos homens abrirem a porta - calma ou violentamente -, para depois darem conta dos infelizes. Simples, eficiente e extremamente divertido!
Há que dizer que os referidos camaradas fazem-se acompanhar por uma inteligência artificial quase perfeita, sendo raras as situações em que complicam as nossas movimentações, não se dirigem para o local certo e não disparam sobre o adversário correcto. Na verdade, são responsáveis por nos salvarem a pele vezes e vezes sem conta durante as incursão por Las Vegas.
Os inimigos também estão longe de serem burros. Tentam flanquear-nos sempre que possível, atiram granadas de estilhaços, usam granadas de fumo para avançarem na nossa direcção e flashbangs para nos confundirem. E escusado será dizer que também usam partes dos cenários como protecção. Muito bom!
Verdadeiramente excelente é a forma como os níveis são construídos, dando-nos oportunidade de lidarmos com as situações apresentadas das mais variadas formas e feitos. Esta falta de linearidade é responsável por aumentar a longevidade do modo single player, isto porque uma segunda ou terceira passagem pela obra poderá ser sempre encarada de forma diferente

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